O que eu gostei e não gostei em Rebelde da Amy Tintera
Depois de uma boa espera da continuação de Reboot finalmente consegui finalizar a leitura de Rebelde, o último livro da duologia escrita pela autora Amy Tintera e publicada por aqui pela Galera Record! Antes de tudo: se você não leu o primeiro livro, pode ler essa resenha sem neuras porque NÃO possui spoilers.
Desde que fiz a leitura de Reboot (clique aqui para ler a resenha), fiquei querendo muito a continuação! Não apenas por a história ter parado em um momento em que eu precisava saber o que vinha depois (tá, pensando bem, talvez tenha sido por isso mesmo haha), mas também porque gostei bastante da história e escrita da Amy Tintera; e havia algumas questões abertas no primeiro livro que necessitavam de uma explicação. Ainda bem que a Galera Record não demorou muito para lançar a continuação.
Sinopse (com spoilers do livro um. Caso não queira saber, pule para o próximo parágrafo após o X): Wren Connoly acreditou que seu lado humano tivesse ficado para trás no instante em que ela morreu... e voltou à vida como Reboot em surpreendentes 178 minutos. Com uma força extrema e treinada para ser o soldado perfeito, Wren precisou fugir da CRAH, Corporação de Repovoamento e Avanço Humano, para salvar Callum 22, o rapaz que lhe mostrou ser possível ter emoções, compaixão e até amor, sendo Reboot.
Após terem escapado da CRAH, Wren e Callum estão prontos para recomeçar a vida em paz, na reserva Reboot. Mas Micah, o Reboot que comanda o local, tem planos malignos em mente: dizimar os humanos da Terra. Micah vem construindo um exército Reboot há anos, e finalmente está pronto para iniciar ataques às cidades. Agora que fugiram, Wren e Callum precisam decidir se ficam ao lado de Reboots ou se abandonam tudo e vivem longe da guerra. Aos poucos, os dois percebem que só há uma alternativa: precisam se tornar rebeldes.
Não sei se foi apenas porque dei uma pausa na leitura por uns bons dias (quebrando assim meu ritmo de leitura) e só continuei um tempo depois. Mas o fato é que após a metade do livro, quando eu achei que o ritmo continuaria bem interessante ou que coisas significativas aconteceriam... Algumas coisinhas começaram a me incomodar.
Primeiro porque uma das coisas que eu já tinha ignorado no primeiro livro (e tinha esperanças de que não fosse feita no segundo, mas foi) eram as resoluções fáceis para problemas difíceis. Sabe quando se carrega todo um suspense para um momento que é pra ser tenso/difícil/complicado demais, mas os personagens acabam fazendo aquilo de uma forma tão simples e boba que até perde a graça? Então... Aconteceu bastante nesse livro, o que me incomodou em vários momentos. Eu sentia que essas cenas poderiam ter sido melhor exploradas e aproveitadas, colocando mais (muito, muito mais) ação. Ou então apenas fazendo o natural: deixando que aqueles momentos tensos não fossem resolvidos com tanta facilidade.
Uma das coisas que a autora dá ênfase desde o primeiro livro é o fato dos chamados Reboots não estarem mais sujeitos as emoções humanas. Os que possuem números menores são mais suscetíveis, mas ainda assim, não totalmente como os humanos. Só que essa regra não se aplica em 100% dos casos, como a sinopse do primeiro livro já deixa em aberto. E nos casos onde não se aplica, infelizmente, a autora não traz uma justificativa tão plausível. A minha impressão foi de que a autora achou uma saída fácil para essa questão; algo como “era assim porque tinha que ser”, sabe? Não faz sentido.
Mas a história é muito ruim, então? Não gente. Nada disso. Como eu citei antes, há coisas bem legais que acontecem. Eu gostei da narrativa ser intercalada entre a Wren e o Callum, por exemplo. Ambos tomam rumos diferentes em diversos momentos e assim acabam mostrando coisas que, juntas, agregam muito mais à história do que se tivéssemos seguindo somente a Wren, como no primeiro livro.
Eu, particularmente, não curtia taaanto o Callum no primeiro livro e acompanhar a história por seu ponto de vista, acabou o tornando mais suportável, talvez? Acho que sim hahaha Não sei, não consegui fazer conexão NENHUMA com esse personagem. Talvez seja porque não sou muito fã de personagens totalmente bonzinhos, fofinhos, praticamente sem defeitos. Mas os pontos de vista dele não foram chatos. Ele tem grande importância na história, e se mostra um personagem mais interessante do que no primeiro livro.
Agora que finalizei a leitura, não tive aquela sensação de que a história ficou completinha e de que não há nada mais a ser justificado. Talvez seja implicância minha (talvez seja um pouco), mas eu senti muita falta de ao menos a explicação principal sobre os Reboots que, na minha opinião, deixou um pouco a desejar. Ou bastante hehe Não curto muito fazer resenhas negativas, mas acho que foi (também) aquele velho caso de expectativas altas: acabei esperando muito do segundo livro e no final das contas não foi tudo o que eu esperava.
INFORMAÇÕES:
LIVRO: Rebelde
TÍTULO ORIGINAL: Rebel
AUTORA: Amy Tintera
EDITORA: Galera Record
PÁGINAS: 334
AVALIAÇÃO: 3 de 5 estrelas
COMPRE (links): na Amazon e na Livraria Cultura
"A PRIMEIRA VEZ QUE ME SENTI MELHOR FOI QUANDO FINALMENTE ME LEVANTEI E LUTEI POR VOCÊ. PORTANTO, VAMOS EM FRENTE. EU ESTOU PRONTA."
1 comentários
Muito bom os pontos colocados por você! Confesso que o Callum continuou o mesmo pra mim desde o primeiro livro hahahaha. Mesmo ele sendo parte essencial do livro, não consegui me identificar com ele de jeito nenhum kkk
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