Amy & Matthew, por Cammie McGovern
INFORMAÇÕES:
EDITORA: Galera Record
Mas Daisy por que você deu apenas três estrelas se o livro passa isso tudo aí que você falou? Eu gostei, mas... Como disse, não houveram momentos de alta excitação na leitura e isso me decepcionou. Além de em várias partes com foco maior no finalzinho do livro, não ter gostado da forma como o Matt lidou com alguns problemas e também a Amy, que ficou um pouco mais chatinha...
Em suma, Amy & Matthew é um livro fofo, mas que ainda conta com dramas um pouco mais adultos do que a capa transparece ser. Indicado para quem gosta de romances, mas não daqueles cheios de amores e declarações românticas. Isso não.
EDITORA: Galera Record
PÁGINAS: 332 páginas
AVALIAÇÃO: 3 de 5 estrelas (Bom)
COMPRE: Na Americanas.com, No Submarino
LEIA O PRIMEIRO CAPÍTULO: Clique aqui
Amy & Matthew é o lançamento de fevereiro da editora Galera Record. O livro que traz essa capa singela e fofa não revela nem um pouco sobre a magnitude dessa história que vai muito além de relacionamentos na adolescência e sobreviver ao ensino médio.
Amy é uma garota que nasceu com Hemiplegia, o que a faz ter um lado do seu corpo com dificuldades em responder seus próprios comandos. Ela possui limitações físicas que a sujeitam a se adaptar a cada situação vivenciada. Utilizar um andador para se locomover a qualquer lugar, e um computador para pronunciar as palavras por ela, são alguns dos desafios que enfrenta todos os dias. Porém, e apesar das circunstâncias, Amy é uma aluna prodígio com um boletim exemplar e um futuro promissor para a faculdade.
Amy precisa de um auxiliar no colégio para executar algumas tarefas, como lhe fazer companhia para se certificar que ela está bem, segurar seus livros enquanto se locomove de uma sala a outra, ou em qualquer outra atividade mais dificultosa a ela. Isso exigiu que até então, tivesse sempre um adulto a seu lado contratado por sua mãe para auxiliá-la. Porém, naquele ano em questão, com o intuito de fazer Amy criar um círculo de amigos, sua mãe atende o desejo dela em trocar os auxiliares adultos por jovens de sua idade – sendo um para cada dia da semana.
Em contrapartida conhecemos Matthew. Ele é introspectivo e possui Transtorno Obsessivo-Compulsivo, conhecido como TOC. Isso quer dizer que constantemente tem que cumprir alguns rituais para que, segundo a voz que fala em sua mente, evite que as pessoas se machuquem, ou até mesmo que uma tragédia aconteça. Sendo assim, lavar constantemente as mãos até os cotovelos várias vezes, dar toques nos armários do colégio enquanto passa pelo corredor, são algumas das regras que deve executar diariamente.
Quando Matthew é selecionado para ser um dos auxiliares de Amy, muita coisa começa a mudar e uma amizade sincera cresce entre eles. Isso os torna mais forte para conseguirem vencer os obstáculos da vida, além de fazer brotar sentimentos que antes não lhes era tão comum.
Amy & Matthew foi uma leitura que me surpreendeu. Eu já havia lido o primeiro capítulo no site da Galera Record, porém não esperava nem um pouco que a história tomasse os rumos que tomaram. A princípio, pode parecer uma história bobinha, ou então com romance no colégio, algumas dificuldades aqui ou ali, e então, final do livro. Mas não! Esse livro é dos que conseguem passar uma mensagem bacana para nós mesmos quando paramos para analisar como cada problema para os personagens se torna mínimo quando se tem força de vontade em não olhar para a própria capacidade, mas sim seguir os sonhos e anseios da vida.
Engraçado que tanto Amy quanto Matthew possuem limitações específicas, sejam físicas, ou não. Entretanto, podemos notar que eles conseguem suprir as necessidades um do outro mesmo assim. É como um quebra-cabeça, onde cada peça é diferente da outra para que então elas possam encaixar perfeitamente e formar uma bela imagem.
"Mas espera aí, é meio autoajuda então?". Não, nada disso. Também não é daqueles livros super tristes que você chora horrores até se desidratar haha. Na verdade, é um livro singelo que tem sim romance, muita amizade e personagens com algumas dificuldades frente a suas próprias capacidades. Porém a autora conseguiu passar que seu foco não era mostrar os problemas que os personagens principais tinham. Na verdade, esses pontos se tornam pequenos detalhes num contexto muito maior. Ou seja, mesmo com Amy tendo a paralisia, e Matthew com seu TOC, o foco da história não é esse. Eles são jovens. Pessoas como qualquer outra que estão seguindo suas vidas e tentando sobreviver nesse mundo louco.
A narrativa de Cammie McGovern é bastante fluida, o que torna a leitura rápida, mas ao mesmo tempo proveitosa. Mesmo que seja feita em terceira pessoa e não saibamos detalhes de como os personagens se sentem em determinados momentos, esse tipo de narrativa caiu bem para esse livro já que ela usou outro artifício para nos aproximarmos dos personagens: em cada capítulo ela alterna o foco em um dos personagens, sendo assim o acompanhamos mais de perto, e isso vai revezando até o final.
Os personagens crescem e amadurecem bastante. Tanto Amy como Matthew se desenvolvem e isso está ligado as experiências valiosas que a vida acaba os encarregando de terem. São lições importantes que os fazem ver e viver o mundo de outra forma, além de serem pessoas muito melhores e menos dependentes de suas limitações.
Um dos pontos que me fizeram titubear um pouco na avaliação final que faço para todas minhas leituras está ligada ao relacionamento dos personagens principais. A proposta de que teremos um envolvimento amoroso entre Amy e Matt está explícito na capa, então não é novidade para ninguém. A autora conseguiu me fazer comprar a ideia da amizade deles, passando uma ideia de quão real ela era. Porém, quanto a uma possibilidade de um envolvimento maior, não conseguiu me convencer. Acho que a amizade deles foi tão bem construída em minha mente, que, por mais que eu quisesse e tentasse me fazer crer e ver que eles poderiam ser um casal, não adiantava. Não consegui de jeito nenhum.
O encaminhamento para o final da obra fica um pouco mais emocionante. Quando estamos da metade para o final do livro, a autora joga uma bomba que transforma muita coisa, afeta muita gente e altera o rumo da história. Isso já dá uma curiosidade imensa em querer saber mais sobre o livro. Porém não posso deixar de comentar que com exceção desse fato em específico, muita coisa na história caminhou numa constante, sabem? Não houveram momentos de muita excitação, com acontecimentos que nos prendem totalmente a história; mas também não encontrei momentos em que a leitura foi completamente tediosa. Foi mais neutra em quase todo o livro para mim.
AVALIAÇÃO: 3 de 5 estrelas (Bom)
COMPRE: Na Americanas.com, No Submarino
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NÃO VAMOS ESPERAR ETERNAMENTE QUE NOSSAS VIDAS COMECEM. VAMOS FAZÊ-LA COMEÇAR. VAMOS SER DESTEMIDOS PARA VARIAR E DIZER: NÓS PODEMOS FAZER ISSO.
Amy é uma garota que nasceu com Hemiplegia, o que a faz ter um lado do seu corpo com dificuldades em responder seus próprios comandos. Ela possui limitações físicas que a sujeitam a se adaptar a cada situação vivenciada. Utilizar um andador para se locomover a qualquer lugar, e um computador para pronunciar as palavras por ela, são alguns dos desafios que enfrenta todos os dias. Porém, e apesar das circunstâncias, Amy é uma aluna prodígio com um boletim exemplar e um futuro promissor para a faculdade.
Amy precisa de um auxiliar no colégio para executar algumas tarefas, como lhe fazer companhia para se certificar que ela está bem, segurar seus livros enquanto se locomove de uma sala a outra, ou em qualquer outra atividade mais dificultosa a ela. Isso exigiu que até então, tivesse sempre um adulto a seu lado contratado por sua mãe para auxiliá-la. Porém, naquele ano em questão, com o intuito de fazer Amy criar um círculo de amigos, sua mãe atende o desejo dela em trocar os auxiliares adultos por jovens de sua idade – sendo um para cada dia da semana.
Em contrapartida conhecemos Matthew. Ele é introspectivo e possui Transtorno Obsessivo-Compulsivo, conhecido como TOC. Isso quer dizer que constantemente tem que cumprir alguns rituais para que, segundo a voz que fala em sua mente, evite que as pessoas se machuquem, ou até mesmo que uma tragédia aconteça. Sendo assim, lavar constantemente as mãos até os cotovelos várias vezes, dar toques nos armários do colégio enquanto passa pelo corredor, são algumas das regras que deve executar diariamente.
Quando Matthew é selecionado para ser um dos auxiliares de Amy, muita coisa começa a mudar e uma amizade sincera cresce entre eles. Isso os torna mais forte para conseguirem vencer os obstáculos da vida, além de fazer brotar sentimentos que antes não lhes era tão comum.
Amy & Matthew foi uma leitura que me surpreendeu. Eu já havia lido o primeiro capítulo no site da Galera Record, porém não esperava nem um pouco que a história tomasse os rumos que tomaram. A princípio, pode parecer uma história bobinha, ou então com romance no colégio, algumas dificuldades aqui ou ali, e então, final do livro. Mas não! Esse livro é dos que conseguem passar uma mensagem bacana para nós mesmos quando paramos para analisar como cada problema para os personagens se torna mínimo quando se tem força de vontade em não olhar para a própria capacidade, mas sim seguir os sonhos e anseios da vida.
Engraçado que tanto Amy quanto Matthew possuem limitações específicas, sejam físicas, ou não. Entretanto, podemos notar que eles conseguem suprir as necessidades um do outro mesmo assim. É como um quebra-cabeça, onde cada peça é diferente da outra para que então elas possam encaixar perfeitamente e formar uma bela imagem.
"Mas espera aí, é meio autoajuda então?". Não, nada disso. Também não é daqueles livros super tristes que você chora horrores até se desidratar haha. Na verdade, é um livro singelo que tem sim romance, muita amizade e personagens com algumas dificuldades frente a suas próprias capacidades. Porém a autora conseguiu passar que seu foco não era mostrar os problemas que os personagens principais tinham. Na verdade, esses pontos se tornam pequenos detalhes num contexto muito maior. Ou seja, mesmo com Amy tendo a paralisia, e Matthew com seu TOC, o foco da história não é esse. Eles são jovens. Pessoas como qualquer outra que estão seguindo suas vidas e tentando sobreviver nesse mundo louco.
A narrativa de Cammie McGovern é bastante fluida, o que torna a leitura rápida, mas ao mesmo tempo proveitosa. Mesmo que seja feita em terceira pessoa e não saibamos detalhes de como os personagens se sentem em determinados momentos, esse tipo de narrativa caiu bem para esse livro já que ela usou outro artifício para nos aproximarmos dos personagens: em cada capítulo ela alterna o foco em um dos personagens, sendo assim o acompanhamos mais de perto, e isso vai revezando até o final.
Os personagens crescem e amadurecem bastante. Tanto Amy como Matthew se desenvolvem e isso está ligado as experiências valiosas que a vida acaba os encarregando de terem. São lições importantes que os fazem ver e viver o mundo de outra forma, além de serem pessoas muito melhores e menos dependentes de suas limitações.
Um dos pontos que me fizeram titubear um pouco na avaliação final que faço para todas minhas leituras está ligada ao relacionamento dos personagens principais. A proposta de que teremos um envolvimento amoroso entre Amy e Matt está explícito na capa, então não é novidade para ninguém. A autora conseguiu me fazer comprar a ideia da amizade deles, passando uma ideia de quão real ela era. Porém, quanto a uma possibilidade de um envolvimento maior, não conseguiu me convencer. Acho que a amizade deles foi tão bem construída em minha mente, que, por mais que eu quisesse e tentasse me fazer crer e ver que eles poderiam ser um casal, não adiantava. Não consegui de jeito nenhum.
O encaminhamento para o final da obra fica um pouco mais emocionante. Quando estamos da metade para o final do livro, a autora joga uma bomba que transforma muita coisa, afeta muita gente e altera o rumo da história. Isso já dá uma curiosidade imensa em querer saber mais sobre o livro. Porém não posso deixar de comentar que com exceção desse fato em específico, muita coisa na história caminhou numa constante, sabem? Não houveram momentos de muita excitação, com acontecimentos que nos prendem totalmente a história; mas também não encontrei momentos em que a leitura foi completamente tediosa. Foi mais neutra em quase todo o livro para mim.
Mas Daisy por que você deu apenas três estrelas se o livro passa isso tudo aí que você falou? Eu gostei, mas... Como disse, não houveram momentos de alta excitação na leitura e isso me decepcionou. Além de em várias partes com foco maior no finalzinho do livro, não ter gostado da forma como o Matt lidou com alguns problemas e também a Amy, que ficou um pouco mais chatinha...
Em suma, Amy & Matthew é um livro fofo, mas que ainda conta com dramas um pouco mais adultos do que a capa transparece ser. Indicado para quem gosta de romances, mas não daqueles cheios de amores e declarações românticas. Isso não.
14 comentários
Essa foi a primeira resenha que eu li de Amy & Matthew! Vou te dizer, a história não é nada a ver com o que eu imaginei. De cara eu achei que seria um tanto semelhante à Eleanor & Park, por causa do nome. Acho que a editora não fez uma escolha muito feliz na tradução.
ResponderExcluirParece uma leitura agradável, acho que vou gostar. Espero sentir melhor a química entre os protagonistas do que você sentiu, é uma pena quando o romance entre os protagonistas não cola. E eu já estou previamente apaixonada pelo Matthew só por ele ter TOC ♥
The Fat Unicorn
É verdade!! Acho que esse foi um dos pontos principais que não me fizeram encantar tanto pela história. Matthew é muito fofinho, mas... ai, mais para o final ele toma umas decisões que a gente fica querendo entrar na história e falar algumas coisinhas pra ele hahahah
ExcluirTambém tive a mesma opinião que você. Não gostei muito do final e Amy me irritou bastante. Tive a impressão de que ela fez o Matthew de bobo muitas vezes e fiquei bolada. Também achei um pouco forçado essa coisa de dois personagens com problemas sérios. Mas a gente não pode negar que é uma fofurinha. haha
ResponderExcluirBeijos!
http://www.prateleiracolorida.com.br/
Bea senti isso também em relação a Amy. Principalmente no final!! Queria ter dado uma sacudida no Matthew porque ele também foi bem bobinho em alguns momentos...
ExcluirOie,
ResponderExcluirAinda não li esse livro, mas adorei ler a sua opinião sobre ele!
Beijos,
Juh
http://umminutoumlivro.blogspot.com.br
Que legal Juh!
ExcluirOlá,
ResponderExcluirEu gostei bastante do livro, mas o final me decepcionou muito e me fez tirar uma estrela da obra. Entendo quando você diz que não viu muita maturidade na Amy, mas a compreendo, mesmo com suas fraquezas. Porém a personagem me irritou bastante na maior parte do tempo. Mesmo assim adorei gostei muito da leitura.
Beijos.
Memórias de Leitura - memorias-de-leitura.blogspot.com
Acho que tive alguns problemas com os personagens principais ): Mais com a Amy do que com o Matthew...
ExcluirFiquei um pouco sestrosa agora pra ler esse livro, depois do seu 3!
ResponderExcluirVi o pessoal falando que é um mistura de Eleanor & Park e A Culpa é das Estrelas, e a capa também acabou me despertando certa curiosidade.
Ta na lista, mas acho que não vai ser uma das próximas leituras.
Boa resenha :D
Beijo
http://resenhandosonhos.com
Que bom que gostou da resenha e é uma pena que eu não tenha gostado tanto do livro ): A capa é muito fofinha e realmente lembra bastante Eleanor & Park!
Excluirnao me interessei muito pela historia do livro em si, masss como todo mundo esta falando sobre o livro eu acho que vou ler ele.. gostei mt como vc escreveu o post..
ResponderExcluirtonsdeleitura.blogspot.com
Que bom que gostou do post :D Quem sabe você acaba gostando do livro mais do que eu? :)
ExcluirTinha visto esse livro na livraria e não tinha ideia que o assunto era esse. Realmente a capa fofa deixa a gente se enganar. Mas fiquei curiosa com o livro, não louca pra ler. Mas adorei muito a sua resenha!
ResponderExcluirbeijos.
http://lugaaraosol.blogspot.com.br/
Que bom que gostou da resenha <3
ExcluirVerdade! A capa engana bastanteee hahahha